O burnishing é um processo essencial para a preparação da pista de probe, pois melhora a qualidade superficial e garante medições precisas e confiáveis. Conforme estabelecido pela API 687, esse tratamento é crucial para reduzir o runout e proporcionar uma superfície adequada para sensores de proximidade. Além disso, assegura que as variações mecânicas e elétricas sejam minimizadas, permitindo um desempenho mais eficiente dos equipamentos rotativos.
Importância do Burnishing na Preparação da Pista de Probe
O burnishing é um método de conformação mecânica que suaviza a superfície sem remoção de material, promovendo a redistribuição plástica dos picos e vales. Dessa forma, o processo reduz a rugosidade e melhora a resistência ao desgaste, tornando a superfície mais uniforme e menos suscetível a variações que possam afetar a medição do runout.
A execução é feita através de uma ferramenta com ponta de diamante industrial presa em um suporte com mola para manter a pressão controlada sobre o eixo. A precisão na centralização do rotor no torno, velocidade correta, pressão da mola e acabamento da ferramenta são impressindíveis para uma boa qualidade de polimento.
No contexto das pistas de probe, a presença de irregularidades pode comprometer as leituras do sensor de proximidade, resultando em falhas operacionais. Por isso, a API 687 recomenda um acabamento de alta precisão, obtido por meio do burnishing. Esse processo não apenas melhora a qualidade da superfície, mas também contribui para a durabilidade e estabilidade do equipamento.
Tolerâncias e Métodos de Verificação
Para garantir que a pista de probe esteja dentro dos padrões exigidos, é fundamental seguir critérios rigorosos de controle de qualidade. A API 687 estabelece limites específicos para a tolerância pico a pico e para a rugosidade superficial, que devem ser verificadas com instrumentos de alta precisão.
1. Medição da Rugosidade
A rugosidade é um fator determinante para o desempenho da pista de probe. Parâmetros como Ra (rugosidade média) e Rz (altura máxima do perfil) devem ser medidos com perfilômetros para garantir que a superfície esteja dentro dos padrões estabelecidos.
2. Verificação do Runout Total (TIR – Total Indicated Runout)
O runout total mede a excentricidade da pista em relação ao eixo do rotor. Para isso, utilizam-se relógios comparadores ou sensores ópticos, que detectam variações na superfície ao longo de uma rotação completa.
3. Análise Eletromagnética
Além das características mecânicas, é essencial avaliar as propriedades eletromagnéticas do material. Algumas superfícies podem apresentar diferenças na condutividade e na permeabilidade magnética, afetando o desempenho dos sensores. Assim, testes específicos são aplicados para garantir que não haja interferências nos sinais de medição.
Cuidados com a Preservação da Pista de Probe
Após o burnishing, é necessário adotar práticas adequadas para preservar a qualidade da superfície, evitando danos ou contaminações que possam comprometer a eficácia do sensor de proximidade. Algumas recomendações incluem:
- Proteção contra contaminantes: Manter a área livre de poeira, óleo e partículas abrasivas evita que impurezas alterem a qualidade da pista.
- Armazenamento adequado: Controlar fatores como temperatura e umidade é essencial para evitar deformações ou oxidação.
Conclusão
O burnishing é um processo indispensável para a preparação da pista de probe, garantindo um acabamento uniforme e de alta qualidade. Seguir as especificações da API 687 e adotar métodos precisos de verificação são passos fundamentais para assegurar a conformidade da superfície e evitar problemas na monitoração preditiva do equipamento. Além disso, a preservação adequada da pista contribui para a uma boa parametrização e a confiabilidade das medições. Dessa forma, investir em um processo de burnishing bem controlado e em práticas de preservação eficientes resulta em um desempenho superior dos sistemas de monitoramento de vibração.
